Elon Musk alerta Ucrânia: antenas Starlink podem ser alvejadas pelos russosComo colocar música com direitos autorais no YouTube [Fair Use]

O Russia Today possuía canais em diversos países da Europa e tem uma transmissão em inglês, que ainda está de pé no YouTube. Entretanto, a emissora foi suspensa no continente por uma medida da União Europeia. A operação norte-americana está demitindo todos os funcionários por “eventos imprevisíveis na interrupção de negócios”. Após as sanções, a rede estatal russa resolveu migrar do YouTube para o Rumble, plataforma alternativa que é popular entre a direita norte-americana e brasileira. Na manhã desta sexta-feira (4) a transmissão ao vivo do Russia Today tinha 2.205 espectadores. Em comparação, na live do canal no YouTube, eram 3.188 espectadores. Claro, por migrar para uma plataforma de menor alcance, a emissora deve enfrentar alguma dificuldade para atingir a mesma audiência. Acusada de disseminar discurso pró-Kremlin sobre a invasão da Ucrânia — que é chamada de “operação especial” em seus programas —, a emissora foi limitada em redes sociais. O Facebook restringiu o Russia Today em resultados de pesquisa dentro da plataforma, e suspendeu a receita com anúncios, tal como o YouTube. O Twitter adotou bloqueio de publicidade e recomendações da conta do RT. Já o Reddit baniu todos os links que levavam às mídias estatais russas.

Rumble abriga usuários punidos pelo YouTube

O Rumble é uma rede de vídeos que abriga personalidades famosas da direita norte-americana penalizadas no YouTube. É o caso do ex-âncora da emissora americana Fox News, Dan Bongino, suspenso após espalhar desinformação sobre a COVID-19. O popular podcaster Steven Crowder, punido duas vezes pela plataforma do Google por “discurso de ódio”, também migrou para a rede alternativa. Como Gab, Parler, Gettr e Truth Social, o Rumble tem como atrativo a “liberdade de expressão”. Assim, a rede abriga discursos e vozes geralmente sujeitos a punições nas redes sociais das big techs. A plataforma é bastante popular entre a direita aliada a Bolsonaro no Brasil: em grupos de Telegram bolsonaristas, links para o Rumble são amplamente divulgados. Um dos vídeos com desinformação sobre vacinas e COVID-19, por exemplo, que circulou em um grupo de Telegram pró-Bolsonaro com mais de 60 mil membros, superou as 74 mil visualizações no Rumble. Outro vídeo, com título e legendas em português, sobre um documentário com teorias da conspiração envolvendo o bilionário e fundador da Microsoft, Bill Gates, e o investidor George Soros, que fundou a Open Knowledge Society, tem mais de 40 mil views.

Rússia quer bloqueio de conteúdo sobre Ucrânia

Mas a Rússia tenta contra-atacar na fronteira digital: o país pediu que o YouTube bloqueie “informações políticas falsas” sobre a invasão da Ucrânia. A solicitação foi feita pelo Roskomnadzor, que fiscaliza meios de comunicação na Rússia. O YouTube estaria servindo vídeos que fazem parte de uma campanha de propaganda com a intenção de “desinformar a audiência russa”, distorcendo a narrativa dos acontecimentos para incitar protestos contra o país. Essa é a avaliação do Roskomnadzor, que vê a rede do Google como parte da “guerra da informação”. O órgão ainda pediu ao YouTube para que a suspensão do Russia Today e da agência Sputnik na Europa fosse revogada. O Wall Street Journal confirmou que o Google ainda não se pronunciou sobre essa demanda. Com informações: Engadget, Android Police

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