Em meio a uma crise global, é improvável que muitos não já tenham pensado em despontar na carreira de influenciador ou tentado viralizar nos aplicativos para ganhar uma renda extra — ou, quem sabe, a principal. Por isso, muitas plataformas têm incentivado seus criadores, pagando-lhes uma parte dos anúncios exibidos em seus conteúdos. O TikTok, por exemplo, fica com 50% da receita das propagandas; os outros 50% são para usuários verificados, isto é, aqueles com 100 mil seguidores ou mais. A plataforma os paga por meio do programa Pulse, que começou a funcionar em maio passado. Novo rival do TikTok, recentemente, o YouTube anunciou que vai dividir a receita de anúncios com quem cria Shorts a partir de janeiro de 2023. Contudo, ele vai pagar um pouco menos do que seu concorrente: 55% ficará com a empresa; 45% será para os usuários. Para quem produz vídeos longos, nada muda: continuará recebendo 55%. O Instagram, da Meta, também compartilhava parte do faturamento dos anúncios exibidos durante vídeos, mesmo retendo 55% para si. Em fevereiro passado, contudo, a rede social decidiu interromper esse modelo de negócios para focar nos Reels. Por ora, apenas o Facebook continua pagando 45% da receita com propagandas aos criadores, desde que eles sejam exibidos durante os vídeos e nos Reels exibidos na plataforma. O Snapchat, por sua vez, não divulga qual a porcentagem dos ganhos com comerciais divide com seus criadores. Contudo, de acordo com uma reportagem da Variety, o app pode ter pago mais de US$ 250 milhões para mais de 12 mil usuários no programa Spotlight apenas em 2021.

Twitch era a plataforma que melhor pagava, porém…

Duramente criticada, a Twitch anunciou que vai mudar a forma como divide a receita com streamers. A partir de junho de 2023, quem tiver um melhor desempenho continuará recebendo 70% e a plataforma manterá a retenção de 30%. Eis o “pulo do gato”: isso vale apenas para os primeiros US$ 100 mil que eles acumularem. Depois, a divisão fica igual: 50/50. Pegos de surpresa, os criadores começaram a expressar tamanha insatisfação em lives e em outras redes sociais. Eles, na verdade, sentiam que a Twitch estava “cortando” seus salários em 20% enquanto investia milhões em celebridades na TwitchCon. Fato é: quando o assunto é sobre divisão de receitas, criadores não têm muita estabilidade. A depender de como esteja o ambiente econômico global ou, até mesmo, de uma empresa, as taxas podem sofrer alterações mais frequentes que o normal — e nem sempre elas vêm de forma clara. O finado Vine é um exemplo dessa instabilidade no programa de anúncios. Depois de ser comprado pelo Twitter, em 2016, a empresa anunciou que o encerraria por não conseguir dar suporte aos criadores de conteúdo. Na época, a companhia explicou que a decisão se deu devido por causa dos concorrentes que estavam surgindo, da falta de monetização e das (poucas) opções de publicidade. É justamente diante dessa incerteza que os criadores buscam diversificar seus ganhos, seja apostando em programas de afiliados ou contratos de publicidade diretamente com as marcas. Com informações: Digiday e Statista

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