Psoríase: doença é mais que um problema de peleAs bactérias mais mortais do mundo
Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), a erisipela representa uma forma superficial da celulite, já que a infecção atinge, na maioria dos casos, a derme e a parte superior da gordura subcutânea. A disseminação da bactéria pelo corpo ocorre através dos vasos linfáticos. Popularmente, a erisipela pode ser conhecida pelos nomes de mal-da-praia, mal-do-monte, febre-de-santo-antônio ou ainda esipra.
Por que uma pessoa desenvolve erisipela?
A pessoa desenvolve a erisipela quando bactérias específicas invadem o seu organismo, através de feridas ou lesões na pele. Por causa disso, a doença sempre está relacionada a uma porta de entrada. “Por meio desta porta de entrada, bactérias penetram na pele, atingindo as camadas cutâneas inferiores e se espalhando facilmente com muita velocidade”, explica a SBD. Entre as possíveis portas de entrada para a bactéria no organismo, a SBD destaca as seguintes:
Úlcera venosa crônica (ferida na perna);Pé de atleta (frieira e micoses);Picada de insetos;Ferimento cutâneo traumático (machucados);Manipulação inadequada das unhas.
De forma geral, os membros inferiores são mais suscetíveis às feridas e, por isso, os quadros da erisipela tendem a começar pelas pernas e pés. No entanto, exceções podem ocorrer.
Quais são os fatores de risco para a doença de pele?
Entre os principais fatores de risco para a infecção cutânea, estão:
Diabetes;Obesidade;Idade avançada (mais de 65 anos); Doenças ou condições que provoquem a imunossupressão;Indivíduos com problemas de circulação (má circulação).
Qual é a bactéria que causa a erisipela?
“A principal bactéria envolvida é o estreptococo beta-hemolítico do grupo A, porém, outras bactérias também podem estar envolvidas”, afirma a SBD. Entre os exemplos, estão a Streptococcus pyogenes e a Staphylococcus aureus. Vale observar que estas bactérias são bastante comuns e, inclusive, podem viver sobre a superfície da própria pele do paciente, sem causar complicações. O problema da erisipela somente começa quando esses agentes infecciosos invadem o organismo.
Quais são os sintomas da erisipela nos membros inferiores?
Inicialmente, a infecção bacteriana provoca sintomas genéricos e de início súbito no paciente com erisipela. Antes mesmo de qualquer alteração na pele, o indivíduo pode relatar:
Mal-estar generalizado;Fadiga;Febre alta;Calafrios.
É apenas na segunda etapa da doença que as feridas surgem. “No início, a pele se apresenta lisa, brilhosa, vermelha e quente. Com a progressão da infecção, o inchaço aumenta, surgem as bolhas com conteúdo amarelado ou cor de chocolate e, por fim, a necrose da pele. É comum o paciente queixar-se de ‘íngua’ (aumento dos gânglios linfáticos na virilha)”, detalha o Ministério da Saúde.
Erisipela bolhosa
Quando a doença não é tratada, o quadro pode evoluir para a “erisipela bolhosa”, onde as bolhas podem provocar a necrose. Neste momento, quadros de septicemia, ou seja, infecção generalizada com risco de morte podem ser relatados. Para impedir o avanço da doença, a amputação pode ser considerada.
Existe tratamento para a erisipela?
Apesar da gravidade do quadro, a boa notícia é que existem tratamentos seguros e eficazes para a erisipela. No entanto, vale observar que, quanto mais cedo é feito o disgnóstico, maiores são as possibilidades de cura, sem nenhum tipo de sequela. De forma geral, o Ministério da Saúde orienta um conjunto de medidas para o tratamento da infecção cutânea, como:
Uso de antibiótico;Repouso absoluto com as pernas elevadas, principalmente na fase inicial, para reduzir o inchaço;Dependendo do caso, há recomendação para que se enfaixe as pernas, facilitando o desinchaço;Tratando das lesões de pele e limpeza adequada da região;Uso de medicamentos para o controle de sintomas, como antitérmicos para a febre ou analgésicos para a dor.
Em caso de suspeita de erisipela, o paciente deve procurar por atendimento médico. Somente profissionais de saúde devem prescrever receitas e diagnosticar esta doença de pele, que pode ser fatal. Fonte: SBD e Ministério da Saúde