Anatel não deseja mudar regras da neutralidade de redeClaro, Vivo, TIM e Oi avisam que 5G vai demorar para chegar ao Brasil
Segundo o Teletime, a Claro pede que a Anatel analise as formas de comercialização da banda larga fixa para as prestadoras “exercerem a liberdade nos modelos de negócio”. Isso se refere às franquias de consumo mensal. A Anatel proibiu as franquias na internet fixa em 2016. Esses limites ficarão suspensos até que a agência possa analisar o assunto, o que ainda não aconteceu. A Claro diz que as operadoras “tiveram limitada sua liberdade nos modelos de negócios, além de estarem arcando com os ônus financeiros decorrentes da medida”. Para a empresa, a Anatel poderia fazer análises de impacto regulatório para avaliar o impacto econômico e jurídico de implementar limites mensais na internet fixa, trazendo maior clareza ao setor.
Anatel deve decidir sobre franquias em 2019
A Anatel deve decidir ainda em 2019 se libera ou não as franquias. Isso ficará a cargo de Leonardo Euler de Morais, que assumiu o cargo de presidente da agência no ano passado. Grandes operadoras vêm aumentando a pressão para discutir novamente os limites na internet fixa. Christian Gebara, novo presidente da Vivo, é um dos que apoiam essa medida. Em 2017, o Senado aprovou um projeto de lei que altera o Marco Civil da Internet para proibir franquias na banda larga fixa. Ele está atualmente parado em uma comissão da Câmara dos Deputados. Reunimos a seguir as franquias nos principais planos da NET, Vivo e Oi. Esses limites ainda não estão valendo, e só poderão ser implementados com permissão da Anatel. NET
5 Mb/s: 20 GB15 Mb/s: 80 GB35 Mb/s: 100 GB60 Mb/s: 150 GB120 Mb/s: 200 GB240 Mb/s: 400 GB500 Mb/s: 500 GB
Vivo
50 Mb/s: 170 GB100 Mb/s: 220 GB200 Mb/s: 270 GB300 Mb/s: 300 GB
Oi
5 Mb/s: 70 GB10 Mb/s: 90 GB15 Mb/s: 110 GB35 Mb/s: 130 GB100 Mb/s: 200 GB200 Mb/s: 500 GB
Claro quer que Anatel deixe 5G para 2021
O desejo da Claro em implementar franquias foi revelado na consulta pública para a agenda regulatória da Anatel para o biênio 2019-2020. A agência recebeu 323 contribuições de operadoras, radiodifusores e da indústria em geral. A Claro também sugere que a Anatel vá devagar com o 5G. Ela não quer prioridade para a revisão da Resolução nº 537/2010, referente ao espectro de 3,5 GHz: o leilão dessa faixa deveria ser feito após a “maturidade da indústria de equipamentos e dispositivos do 5G”. A infraestrutura para redes móveis de quinta geração vai exigir grandes investimentos; por isso, a operadora pede que a Anatel espere pelo lançamento dos primeiros celulares e equipamentos 5G, entre o final deste ano e 2020, para avaliar “o real impacto deles na convivência harmônica”. “Esse passo deve ser dado comedidamente, de forma que o ciclo de investimento seja virtuoso e não comprometa a competitividade do mercado ou o equilíbrio econômico-financeiro dos players”, diz a Claro. Assim, ela sugere que o cronograma do 5G fique para o biênio 2021-2022. A Vivo também não está com pressa. Na consulta pública, a Claro ainda pede que a Anatel tenha uma “visão mais abrangente”, o que envolve reduzir impostos; estimular parcerias público-privadas para expandir a rede em áreas não atendidas; e liberar o uso do Fust (Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações) para investimentos em infraestrutura. Com informações: Teletime.