Ambas companhias moveram o processo em 2018 na Austrália. Os alvos foram diversas pessoas envolvidas no cheat “Infamous”, que permite destravar várias habilidades no jogo. Porém, com exceção de Anderson, nenhum outro nome foi divulgado. Um dos principais pontos do caso foi o argumento de que os réus teriam infringido os direitos autorais ao copiar partes substanciais do título. Além disso, ele permitiu a reprodução por parte de trapaceiros sem o consentimento da Take-Two Interactive. Após quase quatro anos, tanto acusado quanto acusação chegaram a um acordo para definir o pagamento no valor de AU$ 130 mil. O juiz Nicholas Justice estabeleceu que o valor deve ser pago em até 30 dias. Essa é mais uma amostra de que a indústria de games decidiu ir diretamente na raiz do problema no que se trata de falcatruas em seus títulos. Ao invés de simplesmente banir jogadores, diversas empresas passaram a processar as pessoas que desenvolvem os cheats. Contudo, o uso desse tipo de artimanha não é o suficiente para entrar com a ação judicial. Sendo assim, as companhias focam na quebra de direitos autorais, pois os usuários precisam mexer nos códigos dos jogos para realizar as alterações que liberam as trapaças.
Caso teve até busca e apreensão
Algo pouco comum nesse tipo de ação judicial acabou ocorrendo durante o processo. A corte federal da Austrália aprovou diversos atos de execução para ir mais a fundo na investigação. Dessa forma, os oficiais puderam realizar atividades de busca e apreensão em imóveis para adquirir evidências como computadores e documentos. O principal acusado, Christopher Anderson, também teve objetos como notebook, iPad e iPhone removidos de sua residência como parte da averiguação. Ademais, a corte decidiu pelo impedimento dos réus de participar de qualquer atividade relacionada à cheat em games. Também vale apontar que os réus devem fazer tudo o que for necessário para deixar o mod “Infamous” permanentemente inoperável.
Cheat é algo comum nos jogos
As companhias que desenvolvem e publicam games, em especial os com jogatina online, sofrem com uma incessante caçada aos trapaceiros. Fazer uso de modificações para ter vantagens como miras automáticas ou percepção do posicionamento de oponentes no mapa é comum em diversas obras. Os jogadores fazem isso para garantir vitórias fáceis, mas há aqueles que usam mods para ganhar destaques em plataformas como Twitch ou YouTube. A principal maneira que as empresas usam para inibir essas ações é a de banir usuários. Por exemplo, em janeiro de 2022, a PUBG Corporation anunciou que havia banido 60 mil contas devido a cheats. Outra marca que insiste em combater os espertinhos é a Activision. Apenas no primeiro semestre de 2021, mais de 500 mil jogadores foram banidos de Call of Duty: Warzone. Talvez ir atrás da raiz do problema pode ser uma solução mais eficiente. Com informações: TorrentFreak.