Microplásticos são encontrados pela 1ª vez na água acumulada em plantasPesquisa brasileira detecta presença de microplásticos no pulmão humano

Enquanto a chuva ácida é um fenômeno estudado há décadas, há mais uma substância decorrente das atividades humanas caindo do céu. O plástico na chuva já vem sido investigado nos últimos anos, mas os resultados encontrados na Oceania são muito maiores do que pesquisadores europeus encontraram em Londres, Paris e Hamburgo. O número de partículas encontradas em um estudo de 2020 na Europa era de 771 por metro quadrado, mas os cientistas da Universidade de Auckland encontraram uma quantidade quase 7 vezes maior na capital da Nova Zelândia. Esse número representa 74 toneladas métricas de plástico por ano — é como se chovesse três milhões de garrafas plásticas em 12 meses! Os resultados não significam que Auckland é mais poluída do que Londres. Na verdade, o estudo incorporou em sua análise microplásticos ainda menores, que o estudo europeu acabou desconsiderando. Não há um método padrão para conduzir tais pesquisas, então cada estudo pode ter critérios diferentes na identificação dos microplásticos.

Efeitos dos microplásticos na chuva

A capacidade dos cientistas de identificar plásticos cada vez menores na água da chuva vem aumentando, o que deve melhorar as estimativas do número de partículas. E elas têm se mostrado cada vez mais preocupantes: na área da saúde, pesquisas sugerem que microplásticos já podem estar circulando em nosso sistema respiratório e não se sabe quais efeitos isso pode causar. As partículas mais presentes identificadas na água da chuva são de polietileno, policarbonato e polietileno tereftalato — o PET. Estas substâncias são as que compõem sacolas e garrafas plásticas, por exemplo. Quanto ao tamanho, a maior parte das partículas tinha entre o intervalo de 10 a 50 micrômetros, as mesmas dimensões aproximadas de uma bactéria Escherichia coli e uma típica célula do corpo humano, respectivamente. Embora os efeitos dos microplásticos na saúde humana ainda não sejam bem conhecidos, quanto menores eles forem, mais facilmente podem entrar em nosso sistema respiratório caso estejam no ar. Fonte: Environmental Science & Technology Via: Science Alert