Twitter permitirá que empresas identifiquem contas oficiaisTwitter Blue com selo de verificado será relançado ainda em novembro

O conglomerado está preocupado com vários aspectos do Twitter após a transição para a era Elon Musk. Em um documento enviado aos clientes, cita o grande número de demissões, especialmente a saída dos principais executivos do Twitter das áreas de segurança e moderação. Outra preocupação é a onda de falsificações de perfis dos últimos dias após a liberação do selo de verificação para todos os assinantes do Twitter Blue. Segundo a agência, o passarinho também pode enfrentar dificuldade para seguir as diretrizes da Federal Trade Commission, órgão responsável pela regulamentação do comércio nos Estados Unidos. Segundo o grupo, o Twitter precisaria cumprir uma série de requisitos para perder o status de “investimento de alto risco”. Este foi um documento obtido com acesso exclusivo pela Digiday, enviado pelo líder de parcerias da agência como uma mensagem de alerta aos empresários. São esses os requisitos: Os “pedidos” da maior empresa de publicidade online do mundo não parecem ser difíceis de se cumprir. No entanto, é necessário descobrir se Musk está disposto a seguir tal caminho, pois iria contra as promessas feitas desde quando decidiu entrar no conselho da rede social, antes mesmo da oferta ser feita.

Publicidade no Twitter ameaçada

O cenário de anúncios no Twitter já não era animador nos últimos anos, com queda acentuada nos valores aplicados pelas empresas devido a certo “abandono” da plataforma e a elevada quantidade de robôs. De 2020 para cá, a rede viu um movimento de ascensão graças às novas ferramentas e a produtos de monetização, como os Super Follows, os Ingressos Pagos para salas do Espaços e o serviço de assinatura Twitter Blue. Agora, três das maiores agências de publicidade online do mundo recomendam cautela com a empresa de Elon Musk. O IPG e o Omnicom Media Group recomendaram aos clientes a interrupção dos anúncios, sem previsão de retorno. Tanto o GroupM quanto o Twitter não se manifestaram oficialmente — a rede social está com a equipe de comunicação desfalcada no mundo inteiro. Provavelmente nenhum dos dois devem falar sobre o assunto, afinal a delicadeza da situação exige muita cautela. O GroupM trabalha com empresas como Google, L’Oréal, Bayer, Nestlé, Unilever, Coca-cola e Mars. A gigante publicitária deve realocar os recursos dos clientes em redes sociais rivais com maior estabilidade no momento. O temor das empresas é compreensível, afinal empresários não querem ver sua marca associada a discursos de ódio, conteúdos criminosos, teorias da conspiração ou perfis falsos. O bilionário dono da Tesla terá que ceder em alguns pontos ou tentar atrair marcas que não se importem com esse tipo de veiculação, o que certamente será difícil tendo em vista o atual momento. Fonte: Digiday